segunda-feira, 29 de junho de 2015

Helton avisa: «Que a época sirva de exemplo»


Com 37 anos e chegado ao FC Porto em 2005, Helton reconhece que a última temporada foi a pior da sua carreira, não só pelo tempo de paragem mas pela ausência de títulos e pelo que ouviu. O guarda-redes, que renovou com os dragões após o final da época, dá as boas-vindas a Moyà, que tem sido apontado como reforço para a baliza portista e diz que é bem-vindo quem chegar para ajudar. Sobre Lopetegui, nem uma palavra.

«Não só pela forma como aconteceu a renovação, já depois de o campeonato ter acabado, e por não ter ganho qualquer título, mas sobretudo pelo que tive de lidar durante muito tempo. A recuperação de uma lesão grave, a aceitação... não foi nada fácil. Foi a pior época que tive. Não só por ficar de fora, mas também por tudo o que ouvi dizer sobre mim. No futebol, esquece-se muito facilmente as coisas que somos capazes de fazer. Duvida-se bastante das capacidades das pessoas. Somos seres humanos e, por vezes, esquecem-se disso, julgando a nossa pessoa», lamentou o guarda-redes, recordando a lesão contraída em Alvalade em março de 2014 e que o manteve afastado dos relvados até janeiro deste ano.

Ultrapassada esta má época, Helton continua com vontade de jogar e ajudar e garante não pensar, ainda, no final da sua carreira.

«Jogar mais vinte anos não digo, talvez uns quinze... A força de vontade é sempre a mesma, mas sabendo que tenho como objetivo terminar a carreira com vitórias. Isso é o mais importante», destacou, lamentando que esta época a equipa portista tenha ficado em branco e assumindo que essa foi uma das razões que o motivou a continuar de azul e branco.

«Até pela forma de o FC Porto, em geral, ver as minhas atitudes e forma de lidar com as coisas, não havia assim tanta dificuldade para conversar comigo. É óbvio que tive de abdicar de algumas coisas, mesmo não querendo, mesmo achando que as mereço, mas isso faz parte da vida e é a conversar que a gente se entende», destacou, referindo-se ao entendimento com a direção do FC Porto para prolongar o seu vínculo.

Especificamente sobre Julen Lopetegui e questionado sobre o papel do técnico na sua recuperação, Helton nada diz.

«Prefiro não falar a respeito disso. É melhor», limitou-se a dizer, rematando o assunto.

Primeira época sem títulos

Helton está há dez anos no FC Porto e a última temporada foi a primeira que terminou sem o festejo de qualquer título.

Para ajudar Moyà é bem-vindo

Miguel Ángel Moyà, do Atlético de Madrid, tem sido apontado como reforço dos azuis e brancos, que criará mais concorrência pela baliza. Ao seu estilo, Helton dá as boas-vindas ao guardião de 31 anos.

«Que bom. Se vier para ajudar o clube, ótimo, maravilhoso. Eu quero é que o meu clube vença», atirou, sem se mostrar preocupado com a concorrência para a baliza portista e assumindo-se «fã» de Fabiano.

«Trabalhamos pela mesma posição, mas sou fã incondicional do Fabiano. Ele trabalha muito, é um profissional exemplar e muito humilde. Tudo o que puder fazer por ele, terei todo o gosto. Torço por ele, independentemente de ele jogar ou não. É o meu dever», rematou.





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